Como os “Quatro C’s” podem ajudar a manter crianças e adolescentes seguros online

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Dentre as consequências da pandemia desencadeada pelo vírus COVID-19, sem dúvidas uma das mais latentes é o fato de que passamos a depender ainda mais de nossos celulares e computadores. Adultos, adolescentes e crianças viram o tempo que passam conectados aumentar consideravelmente, o que também levou pais a se preocuparem mais com a seguraça online de seus filhos, principalmente em um contexto em que aulas virtuais passaram a ser rotina.

Um estudo divulgado pela McAfee Corp em Agosto deste ano reforça a ideia de que a pandemia fez com que esse assunto passasse a ser levado mais a sério: pais se declararam preocupados com a segurança online de seus filhos com exposição a golpes (85%), compartilhamento de informações pessoais (85%), fake news (81%), conteúdo ilegal (82%) e cyberbullying (79%). Apenas 34% dos pais não viram nenhum risco aumentado para a segurança online de seus filhos.

“Ter o controle sobre a exposição online dos filhos e sua relação com a tecnologia parece uma tarefa assustadora. Muitos pais não sabem nem por onde começar e acabam optando por estratégias em que tudo ou nada é permitido, recorrendo a períodos em que negam completamente o acesso aos aparelhos. Esses ‘castigos’ podem ajudar de tempos em tempos, mas mais importante do que isso é ajudar as crianças e adolescentes a desenvolverem uma relação saudável com a tecnologia”, afirma Mick Esber, CEO da bhapi com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e cibersegurança.

A ideia dos “Quatro C’s” abaixo traz um checklist simplificado sobre o que ter mente ao falar sobre riscos ao bem-estar e segurança digital de crianças e adolescentes:

  1. Conteúdo: inclui alertas sobre conteúdo sexual, violento, impróprio, tendencioso, falso, ilegal e prejudicial.
  2. Contato: alertas sobre pessoas desconhecidas da criança que fingem ser outra pessoa, como adultos que fingem ser crianças e/ou adolescentes ou ainda pessoas que conhecem seus filhos, embora ajam anonimamente para intimidar e praticar bullying.
  3. Conduta: abordagem sobre comportamentos que possam magoar outras pessoas, tanto para que seu filho não seja uma vítima quanto não seja um agressor. Exemplos aqui vão do cyberbullying a fraudes em jogos online.
  4. Contrato: alertas sobre compras dentro de aplicativos e outras transações, além de assinatura de contratos e comprometimento com termos que crianças ou mesmo adolescentes não são capazes de compreender. Pode ocorrer também na forma de uma configuração acidental que permite o roubo de dados privados ou até mesmo fraude.


Mick afirma que existem várias maneiras de implementar controles para gerenciar esses quatro riscos. Comece pelos níveis de rede no wi-fi da casa, e utilize aplicativos de controle parental para ajustar as permissões de acesso a dispositivos, incluindo computadores, celulares, videogames e smart TVs. Serviços de streaming, navegadores da web e mecanismos de pesquisa também podem ser gerenciados.

“Observe como seus filhos usam a internet e converse com eles sobre seu comportamento online. Tente entender, documentar e focar no quê, quando, onde, como e por quê ”, diz Mick.

Outras formas de prevenir o stress e a ansiedade causados pelo gerenciamento do tempo online dos filhos são:

  • Bloquear o acesso a sites, aplicativos ou funções específicas (como configurações e compras). Muitas vezes essa opção é oferecida pelos próprios aparelhos, aplicativos e browsers, mas também podem ser complementadas com ferramentas extras de controle parental.
  • Classifique o acesso por diferentes tipos de conteúdo. Isso permite o bloqueio de conteúdos tidos como “adulto”, ou que promovam automultilação, distúrbios alimentares, violência, drogas, jogos de azar, racismo e terrorismo.
  • Monitore o uso dos dispositivos de seus filhos através dos relatórios sobre os sites que eles visitam e os aplicativos que usam, com que frequência e por quanto tempo.
  • Defina limites de tempo de tela. Utilize aplicativos que bloqueiam o acesso após um determinado tempo automaticamente.


“Com isso, você terá um ponto de partida para pesquisar e entender qual abordagem funcionará melhor para a sua família. É importante explicar para os filhos o porquê da implementação destes controles, é uma forma de fazer com que eles o apoiem durante o processo.”, pondera Mick.

A versão beta do aplicativo da bhapi já está disponível na Austrália e em breve chegará ao Brasil.

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